quinta-feira, 24 de março de 2011

Texto completado (a aguardar publicação)

Música para Cinema: Porosidade e Identidade
Helder Filipe Marques Pereira Gonçalves
Universidade da Beira Interior

Resumo:
Baseado na análise de excertos de filmes de Gus Van Sant e Francis Ford Coppola, entre outros, o presente artigo pretende abordar a questão de como os elementos sonoros diegéticos e não diegéticos (essencialmente musicais) se relacionam. Nesta análise propomos critérios de alguns autores do campo da teoria do cinema, da semiótica e da filosofia, como Chion, Barthes, Deleuze ou Redner, úteis para a descrição do papel da música na construção de significados associados aos personagens, aos filmes em questão e à linguagem cinematográfica.
Tentamos pensar a banda sonora ora como uma soma de sensações musicais, ora como conjunto de diferentes objectos que se podem perscrutar através de diferentes atitudes de escuta. Estas variáveis abordagens marcam a lógica de uma comunicação entre realizador e espectador, para a qual a música tem um papel importantíssimo. As identidades mais desenvolvidas ao longo do texto serão as da relação imagem-música, dos personagens e da música em si mesma.